domingo, 12 de fevereiro de 2012

Saltos Quânticos: Mais da mente

pois é, a mente. tão supervalorizada no mundo cartesiano, no nosso pequeno mundo dentro da caixa das três dimensões. sempre me interessei por esses assuntos "do outro lado", "do lado de fora" da caixa. como não existem coincidências, apenas leis que desconhecemos, a fase deprê acabou por me reconectar com o campo, com a senda. por estranho que pareça, foi uma fase de muitos livros, livros que já tinha e não li, autores que amo e revisitei. finalmente li "Quem somos nós", o livro depois do filme e surtei, no bom sentido. sabe quando você encontra várias coisas que você já tinha lido ou ouvido muito tempo atrás ou através dos anos, reunidas de forma clara, praticamente didática, e você vai lendo e lembrando e acrescentando novas informações ou maneiras diferentes e novas de apresentar conhecimentos antigos? pois foi o que aconteceu quando li esse livro. o nome do blog - Cozinha Quântica - é inspirado nele. acho que pela primeira vez consolidei meu entendimento do que é a mente, não apenas racionalmente, mas de uma forma integral, intensa, extática.

costumo dizer que a mente é um software, um conjunto de programas que roda no hardware, que é o cérebro, uma máquina orgânica que funciona na base da eletroquímica. se tudo funcionasse conforme o projeto original, a mente seria uma ferramenta a serviço do operador para gerenciar o funcionamento do hardware e de tudo o que ele controla, ou seja, nosso corpo, nosso avatar de carne, que permite nossa interação na dimensão espaço-tempo. ora, todo software tem bugs, vírus, cookies. e pior, tem algumas partes que funcionam automaticamente, repetindo a programação, até que o operador faça a atualização ou delete aquele determinado programa, porque ele não serve mais ao seu propósito. o que acontece dentro da nossa caixa do espaço-tempo é que, por razões que eu talvez aborde em posts futuros, a mente assume o poder, isola o operador, tipo Tron, e passa a repetir indefinidamente padrões, de comportamento, de reação, de pensamentos, de ideias. e a coisa fica mais confusa quando entram na equação as emoções, pois quanto mais intensas as emoções, mais profundamente elas são gravadas e transformadas em programações no padrão de auto-repetição.

então repito a pergunta que já fiz no cabeçalho: quem é o operador? o livro responde: o operador é a consciência. e quem é essa entidade misteriosa? a consciência sou eu. é você. é cada um de nós. só que somos reféns da mente, e aí... é foda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário