sábado, 18 de fevereiro de 2012

Saltos Quânticos: Tempo, Tempo, Tempo, Tempo...

quétinganá não, mas o tempo não existe. é uma ilusão, uma percepção pra nós, que vivemos imersos nas considerações das três dimensões, habitantes da caixa. se a gente pensar bem em palavras como eternidade, dá pra suscitar algumas perguntas. a gente sempre pensa que eterno é uma coisa "pra sempre", mas não pensa que eterno também é uma coisa "desde sempre". a eternidade é e ponto. pensando um pouco fora da caixa, imagine que tudo o que aconteceu, e não aconteceu, acontece e não acontece, e acontecerá e não acontecerá simplesmente existe, ao mesmo tempo, e digo isso só pra facilitar, já que o tempo não existe; melhor dizendo, existe fora do tempo - e, de quebra, fora do espaço, já que o espaço é medido pelo tempo decorrido para percorrê-lo, né? um está ligado ao outro, como os dois lados de uma moeda.... enfim, cada caminho escolhido, cada caminho não escolhido, todas as possibilidades de existência e não-existência de todas as coisas. imagine que uma superconsciência contém o banco de dados de tudo e de nada, contém, está contida e simplesmente é o Todo. depois da mudança para o paradigma quântico - que ainda vai aos trancos e barrancos - muitos cientistas, filósofos, teóricos, estão buscando a Teoria do Tudo, algo que consiga conciliar as incompatibilidades entre a teoria da relatividade e a física quântica, e mais algumas coisinhas que não se encaixam no método científico, principalmente porque há mais resultados fora do padrão teoria+experimento+resultado+várias repetições do experimento+mesmo resultado=prova, do que dentro. as anomalias, resultados aparentemente aleatórios, acabam virando a regra. em vez de uma natureza mecânica, fria, automática, percebe-se uma realidade vibrante, pulsante, de energia condensada em várias texturas de matéria, tão interessante aqui, dentro da caixa, e muito maior, espetacular, fora dela.

mas então, a pergunta que não quer calar: por que o tempo existe? na verdade, a pergunta mesmo é pra quê? bom, eu passei uns bons dois terços dessa vida achando que o tempo é uma maldição. é relativo, demora a passar quando estamos esperando, passa depressa demais quando precisamos dele, nos faz envelhecer. e tem o carma, ainda por cima. estar presa na roda das encarnações, sem lembrar das antigas, só fazendo merda, de novo, aumentando o débito no credi-carma, que ainda tem juros altíssimos, uma dívida que você nunca vai conseguir pagar. eu tinha uma postura bem fatalista, digamos um fatalismo esclarecido e proativo, quanto ao carma: se estou passando por uma determinada situação, alguma coisa preciso aprender sobre aquele padrão de reação. tipo, não sei porque estou apanhando, mas o carma sabe porque está batendo. então eu me entregava e tentava descobrir que porra eu tinha que aprender. quando descobri a física quântica - com um século e uns quebrados de atraso - tive um momento "wow", como eles dizem no livro, mas eu chamo de "momento muito foda". aliás foram alguns, múltiplos. primeiro consegui conciliar eternidade e tempo. o tempo é uma ilusão criada para permitir a cada um ser o experimento da existência e aprender. o operador-observador que habita meu avatar de carne fez uma escolha quântica e colapsou essa realidade ilusória, por razões que confesso desconhecer mas acredito que devem ser sábias. depois descobri que em algum momento me tornei refém da mente, por isso sofri tanto, vivi tantos dramas, fui a vítima do universo tantas vezes. mas o operador pode retomar o controle e fazer uma limpeza geral no hd. e aí vai (vou, vamos...) poder fazer escolhas melhores. ZERO DRAMA. hoje, vejo o tempo como um presente, um passaporte para inúmeras aventuras pela busca do conhecimento. mas, como o tempo não existe, essas aventuras são um meio, importantíssimas, mas nem tanto. não a ponto de matar, morrer, fazer alguém sofrer, ferir a ética, romper a lealdade, corromper a inocência, vandalizar a beleza, vulgarizar o amor. sou imensamente grata pelo presente do tempo. mas algo me diz que a verdadeira aventura nem começou. e, melhor do que isso, sou uma consciência e, por definição, livre.


http://www.youtube.com/watch?v=3MEPW0gSUz4

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