quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Saltos Quânticos: Miojo Quântico

(noções livremente colhidas do livro Quem Somos Nós? vou tentar ser fácil e instantânea, mas não vou usar o tempero de pacotinho, vou fazer o meu). bom, a parte "científica", por assim dizer, começa com os gregos dizendo que o átomo, o núcleo sólido com elétrons em sua órbita, era indivisível, o bloco primário de construção da natureza, tipo a peça de Lego fundamental. desde lá, o átomo foi visto de várias maneiras: primeiro descobriu-se que o núcleo é divisível em prótons e neutrons; então o átomo foi visto como um pacote de energia; depois passou a ser visto como "condensações momentâneas de um campo de energia". e que o espaço vazio entre o núcleo e a órbita dos elétrons não é vazio, mas também cheio de energia, tanta que "o volume de uma bolinha de gude contém mais energia que toda a matéria sólida existente no universo conhecido". a parte não-científica vem de muito antes, dos sábios da Índia, que diziam que a realidade "que percebemos através dos sentidos é maya ou ilusão", e que existe algo mais além. aí a física quântica, mais ou menos 100 anos atrás, surgiu quando os pensadores perceberam que o arsenal da ciência cartesiana, mecânica, era muito boa para explicar coisas do macrocosmo, não era capaz de explicar as coisas do mundo do microcosmo, subatômico, esse "espaço vazio" esse "domínio não-físico, que pode ser chamado de informação, ondas de probabilidade ou de consciência." e a teoria quântica revelou coisas muito estranhas:

1) que uma mesma partícula pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.
2) que o mesmo objeto pode se apresentar como "uma partícula, localizada em um lugar determinado, ou como uma onda, espalhada pelo espaço e pelo tempo", como ondas sonoras ou ondas na água.
3) que, contrariando Einstein, partículas quânticas não só viajam mais rápido que a luz, como podem se comunicar instantaneamente, independente da distância entre elas. quer dizer que uma alteração em uma partícula acontece instantaneamente na outra, mesmo que elas estejam em lugares opostos do universo.
4) que, ao contrário de quatrocentos anos de separação entre objeto e sujeito, na física quântica o observador interfere, influencia o comportamento do objeto observado, ou seja, o observador está dentro da experiência.
5) e que uma onda de probabilidades "colapsa", ou seja, se torna uma partícula, no momento em que é observada.

daí surgiram vários conceitos novos:

1) salto quântico é a qualidade do eletron de mudar de posição na órbita do átomo sem se deslocar, ou seja, desaparecendo e reaparecendo em outro lugar instantaneamente.
2) onda de probabilidade vem do fato de que não é possível saber onde o eletron vai "reaparecer", somente calcular as probabilidades do novo local do colapso.
3) incerteza é o princípio pelo qual não é possível medir ao mesmo tempo e com precisão a velocidade e a posição de uma partícula.
4) não-localidade/emaranhamento quântico são os mais interessantes de todos: primeiro, no mundo subatômico "tudo é não-localizado", ou seja, nada existe em um único lugar. segundo, as partículas se comunicam instantaneamente porque na verdade tudo está se tocando o tempo todo. assim, tempo e espaço não se aplicam ao mundo subatômico.
5) o observador implica consciência. o observador consciente, diante da onda de probabilidades, faz uma escolha, colapsa a onda, e cria uma realidade.
 
a física quântica surge propondo uma mudança de paradigma, suscitando perguntas e mais perguntas, não só para a ciência, mas também para nós, humanos. isso é uma mudança muito radical no jeito de pensar a realidade. além de ser muuuuuuito interessante! então, repito a outra pergunta do cabeçalho: quem está fazendo as escolhas?

o video é pra ler comendo, quer dizer, ouvindo...





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